A partir de 2019, todos os 20 times participantes da Série A do Campeonato Brasileiro masculino tiveram que se enquadrar nas exigências da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), para que tenham o Licenciamento de Clubes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, por obrigação, manter a categoria feminina - adulto e de base.
Com isso, o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino da Série A1 2020 possui o número recorde de equipes “de camisa” masculinas com futebol feminino. Com relação à presença de agremiações com futebol masculino por trás, apenas o Minas Brasília é totalmente feminino.
Com a gestão profissionalizada e investimento na base, o Minas Brasília se mantém pelo segundo ano consecutivo na elite do futebol nacional, mesmo sem possuir uma equipe masculina como alicerce do clube. Além disso, o clube possui mulheres em suas áreas estratégicas onde, normalmente, são dominadas pelo público masculino. São eles os setores da presidência, diretoria e parte da comissão técnica.
As discussões sobre o empoderamento feminino cumprem um papel importante na busca de respostas sobre essas e outras situações que fazem parte do dia a dia, principalmente dentro do futebol. Em entrevista, a auxiliar-técnica e ex-atleta, Nádima Skeff, destacou a importância do Minas Brasília para a visibilidade de tal cenário.
“Um dos maiores problemas no futebol feminino, quando comparado com o masculino é o pós carreira, as profissionais como: Eu, a Rayane Diniz - diretora geral, e as próprias presidentes do clube, Nayara e Nayeri Albuquerque; fomos ex-atletas. Além de outras ex-jogadoras como: Kris Albuquerque, do marketing e a nossa fisioterapeuta Leticia Có, que também são símbolos de inclusão e da importância do Minas Brasília", destacou Nádima.
Ela prossegue: "a falta de valorização durante o período de atletas, às vezes, até mesmo na educação academica ou experiencia na área, aumentam a desigualdade de gênero. Essa é a diferença mais marcante dentro do Minas Brasília, a preocupação com o pós, fornecendo uma formação acadêmica e perspectiva de continuidade dentro da área esportiva. Isso é fundamental para o exercer com plenitude o nosso emponderamento perante a sociedade. Quanto mais mulheres em posição de destaque, mais motivação para as atletas que estão começando. Eu cresci vendo homens em posição de destaque dentro do futebol. Meu desejo é que elas vejam na gente a sua inspiração mais próxima”, finalizou Skeff.
Por Eduardo Ronque | ASCOM Minas Brasília
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